Alimentação na gestação: o que comer e o que não comer

Cuidar da alimentação na gestação significa escolher alimentos nutritivos e evitar aqueles que possam oferecer prejuízos para a sua saúde e a do seu filho.

Por meio de uma dieta adequada, é possível garantir os nutrientes que vocês tanto precisam nessa fase, além de reduzir o risco de doenças gestacionais e futuras.

Mas o que é uma alimentação saudável na gravidez

É o que vamos explicar a seguir!

Descubra quais alimentos devem (ou não) fazer parte da alimentação na gestação

Para oferecer as recomendações adequadas do que você deve ou não ingerir durante a gravidez, contamos com a ajuda da nossa equipe de nutricionistas e do Protocolo de Uso do Guia Alimentar para População Brasileira na Orientação Alimentar de Gestantes do Ministério da Saúde.

1. Água

Manter-se bem hidratada durante a gestação é fundamental para a saúde da mãe e do bebê. Isso porque a água ajuda a:

  • melhorar a circulação sanguínea e a irrigação do útero e da placenta;
  • manter o líquido amniótico em níveis adequados;
  • estabilizar a pressão arterial;
  • eliminar toxinas que podem causar infecção urinária;
  • e prevenir a constipação intestinal.

E o ideal é que você beba água nos intervalos entre as refeições, não enquanto come.

Isso porque o consumo de líquidos durante as refeições pode dificultar a digestão, aumentando desconfortos comuns nesse período.

2. Alimentos in natura e minimamente processados

A alimentação na gestação deve ser baseada em alimentos in natura e minimamente processados. São eles que fornecem os nutrientes que você e o seu filho precisam nessa fase, como ferro, cálcio, vitaminas A e D, proteínas, fibras, antioxidantes, etc.

Por isso, entre as orientações alimentares de gestantes do Ministério da Saúde estão o consumo diário de leguminosas (feijões, ervilha, grão-de-bico, lentinha, fava), verduras, legumes e frutas.

Se quiser garantir uma maior oferta de nutrientes, em vez de consumir sempre os mesmos alimentos, tente variar o cardápio ao longo da semana.

3. Proteínas cruas (ou malpassadas), leites e derivados não pasteurizados

Durante a gravidez, o consumo de proteínas (carne de vaca, porco, frango, peixes, etc) cruas ou malpassadas não é indicado.

O motivo é risco de contaminação por ovos do parasita causador da toxoplasmose, uma infecção muito perigosa que oferece risco de malformações no feto.

As grávidas também não devem ingerir leites e derivados não pasteurizados, pois eles podem conter bactérias responsáveis por causar complicações no sistema nervoso.

4. Peixes e frutos do mar

Graças aos ácidos graxos ômega-3, o consumo de peixes durante a gestação contribui para o desenvolvimento do cérebro do bebê, melhoram a visão de bebês prematuros e a saúde vascular durante a vida toda.

No entanto, é preciso evitar o consumo excessivo de algumas espécies de peixes — como peixe-espada, marlin, tubarão e atum — e frutos do mar por conta do alto teor de mercúrio, que pode comprometer o sistema nervoso do bebê.

5. Bebidas alcoólicas

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a ingestão de bebidas alcoólicas na gravidez pode provocar a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), associada a deficiências físicas e distúrbios de neurodesenvolvimento.

Além de não existir um tratamento que cure a doença, ela pode provocar danos irreversíveis nos bebês.

E saiba que não há uma quantidade segura de ingestão de álcool. Qualquer quantidade pode passar pela placenta, atingir o feto e provocar lesões no sistema nervoso central.

6. Alimentos crus

a higienização correta de alimentos crus é um dos cuidados na alimentação na gestação

É importante que os alimentos in natura sejam higienizados corretamente para eliminar as bactérias e garantir o consumo seguro pelas mamães:

  1. Leve as verduras, legumes e frutas em água corrente;
  2. Coloque os alimentos lavados em uma solução com 1 colher de hipoclorito de sódio ou 1 colher de água sanitária (própria para higienização de alimentos) em 1 litro de água;
  3. Depois de 15 minutos, enxague os alimentos em água corrente.

7. Café e bebidas que contenham cafeína

Durante a gestação, você pode ingerir café e bebidas com cafeína, desde que não ultrapasse 100 mg de cafeína por dia — corresponde a uma xícara de café, chá mate, preto ou verde.

Isso porque o consumo exagerado de cafeína está associado ao baixo peso ao nascer e ao maior risco de partos prematuros e abortos.

8. Açúcar

O açúcar é um ingrediente que nunca deve ser consumido em excesso. E isso inclui o período da gravidez.

Além do risco de as mães desenvolverem diabetes e ter um aumento excessivo de peso, pode gerar efeitos a longo prazo na saúde dos bebês.

Sendo assim, limite o consumo de açúcar e de bebidas adoçadas por conta das altas quantidades de açúcar, corantes, aromatizantes e outros aditivos prejudiciais.

9. Adoçantes

Fique sabendo que os adoçantes e as bebidas artificiais apresentadas como “diet” ou “zero” não são alternativas saudáveis ao açúcar.

Afinal, os adoçantes podem aumentar as chances de nascimento prematuro, de sobrepeso e de asma em crianças de até 7 anos. Também podem provocar alterações metabólicas nas mamães. 

10. Sal e alimentos com alto teor de sódio

Outra recomendação importante de alimentação na gravidez é reduzir o consumo de sal e de alimentos com alto teor de sódio.

Por isso, na hora de temperar a comida, tome cuidado com a quantidade de sal e evite usar temperos industrializados.

Além de favorecer inchaços no corpo e retenção de líquidos nas mulheres, a ingestão excessiva de sal pode gerar complicações na gravidez por conta do aumento da pressão arterial.

11. Alimentos ultraprocessados

Os alimentos ultraprocessados — como biscoitos industrializados, salgadinhos de pacote, embutidos e guloseimas — não devem fazer parte da alimentação das gestantes.

Eles são pobres em nutrientes e ricos em sódio, açúcares e gorduras. Portanto, contribuem para o ganho de peso excessivo nas mamães e nos bebês.

Ao mesmo tempo, o consumo de ultraprocessados atrapalha a ingestão de alimentos in natura e minimamente processados, que devem ser a base da alimentação na gestação.

Embora as grávidas precisem seguir algumas restrições e cuidados específicos, a maioria das orientações para essa fase está ligada a escolhas alimentares saudáveis.

Ou seja, com prioridade para os alimentos que a natureza nos dá.

A variedade também é fundamental, pois a alimentação das mulheres durante a gestação impacta a saúde atual e futura dos bebês. Dentro da barriga da mãe, eles já estão criando suas preferências alimentares.

É a partir dos 6 meses que eles começam a ter contato direto com os alimentos. Baixe gratuitamente o Guia Mima de Introdução Alimentar e se prepare para essa fase!

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