O cardápio da creche é um dos fatores que devem ser avaliados pelos pais que buscam oferecer uma alimentação saudável para os seus filhos.
Afinal, enquanto um ambiente de extensão da casa, a creche contribui de diversas maneiras para o desenvolvimento dos pequenos. Isso inclui a nutrição e a criação de bons hábitos alimentares.
Mas como descobrir se a alimentação na creche é condizente com o que você deseja oferecer para o seu bebê?
É o que vamos mostrar a seguir!
Quais são os benefícios da alimentação na creche?
Antes de tudo, é importante que você saiba o quanto as refeições na creche podem ser positivas para o seu filho.
Mais do que complementar a alimentação em casa, elas oferecem outros benefícios, como:
- auxilia a introdução alimentar;
- incentiva o consumo de alimentos saudáveis;
- ajuda muitas crianças a se alimentarem melhor;
- contribui para a criação de uma rotina alimentar por terem horários definidos
- apresenta as refeições como momentos de socialização com outras crianças.
Para que todos os pequenos possam se beneficiar, os pais devem exercitar o senso de coletividade, respeitando o cardápio da creche. Ou seja, evite mandar outros alimentos, sobretudo industrializados, que contenham açúcar e outros ingredientes não recomendados para bebês.
Entenda o papel do nutricionista na creche
O nutricionista é o profissional habilitado para criar cardápios saudáveis, variados e adequados para os pequenos.
Por isso, a presença dele na creche é superimportante!
Além de selecionar os alimentos, montar refeições equilibradas e organizar a rotina alimentar, esse profissional analisa as necessidades individuais de cada criança.
A Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) nº 465, de 23 de agosto de 2010, define as atribuições do nutricionista e estabelece parâmetros alinhados ao Programa de Alimentação Escolar (PAE).
Um deles é a presença de um profissional de Nutrição para cada 500 alunos, com carga horária mínima de 30 horas por semana, nas unidades de educação infantil — que incluem as creches e pré-escolas.
No estado do Rio de Janeiro, a presença do nutricionista, registrado no Conselho Nacional de Nutrição, em unidades educacionais públicas e privadas é obrigatória (Lei 7846 de 15 de janeiro de 2018).
Vale a pena dar uma pesquisada se o seu estado ou município também possui alguma lei que determina a obrigatoriedade de nutricionistas em creches.
Como saber se o cardápio da creche é adequado para o seu filho
Bateu uma insegurança na hora de escolher onde matricular o seu pequeno? Selecionamos 5 dicas para te ajudar a avaliar a alimentação da creche:
1. Verifique se a creche conta com um nutricionista
Sabendo que a presença do nutricionista é fundamental, este deve ser o primeiro passo: perguntar se a creche possui um profissional da área em seu quadro de funcionários.
Esse é o princípio para entender se a elaboração do cardápio realmente atende às necessidades das crianças pequenas, se inclui os 5 grupos alimentares, se oferece alimentos diversos e in natura.
2. Veja qual é o método de introdução alimentar adotado
Na fase de introdução alimentar, os pais podem optar por seguir diferentes métodos, como o tradicional, BLW ou participativo. Cada um deles sugere maneiras de oferecer os alimentos para beneficiar o desenvolvimento dos bebês.
Da mesma forma, as creches também podem adotar um ou outro.
Pensando em manter uma consistência entre a alimentação oferecida em casa e fora de casa, é importante que o método da creche esteja alinhado ao que você deseja para o seu filho.
Sendo assim, pergunte sobre a metodologia de introdução alimentar. Se possível, peça para conversar diretamente com o nutricionista.
3. Pergunte se a creche oferece industrializados
Segundo o Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos, do Ministério da Saúde, a partir dos 6 meses, além do leite materno, os bebês devem comer “comida de verdade”.
Ou seja, as refeições devem ser feitas com alimentos in natura ou minimamente processados. E quanto mais diversos, melhor!
Isso quer dizer que os industrializados devem ficar de fora do cardápio da creche. Até completarem 2 anos de idade, as crianças também não devem consumir açúcar ou produtos que levam açúcar no preparo.
Ainda assim, algumas creches ou escolas oferecem, por exemplo, bolachas industrializadas em vez de frutas ou comidinhas preparadas para os pequenos na hora dos lanches.
Portanto, o melhor é se certificar para evitar chateações após matricular o seu filho.
4. Entenda se o cardápio atende a crianças com alergias alimentares
Nos primeiros anos de vida, é comum os pequenos desenvolverem alergias alimentares. Quando diagnosticados, a restrição de alimentos que provocam as reações alérgicas faz parte do tratamento.
Diante disso, a creche precisa ser capaz de atender às necessidades individuais dos bebês.
Caso o seu filho tenha alguma alergia, o cardápio deve não só excluir o alimento como também substituí-lo de maneira adequada.
E não há ninguém mais qualificado que o profissional de Nutrição para escolher as substituições certas, que contenham os nutrientes equivalentes aos do alimento excluído.
5. Peça para ver o cardápio da creche do último mês
A última dica é pedir para a creche disponibilizar o cardápio do mês anterior. Nada melhor do que ver quais alimentos foram oferecidos para se certificar de que a instituição valoriza uma alimentação variada.
Não é porque a cenoura e o brócolis, por exemplo, são nutritivos que as crianças devem comê-los todos os dias. Além de ingerir comidinhas nutritivas, os bebês precisam conhecer diferentes alimentos.
O contato com sabores, texturas, cores e aromas diversos ajuda a criar hábitos alimentares saudáveis desde os primeiros anos de vida.
E a creche deve ser uma aliada das famílias nessa fase, complementando a alimentação oferecida em casa, e vice-versa. Portanto, assim como o cardápio da creche, as refeições feitas em casa também devem ser o mais variadas possível.
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