Refeições nutritivas devem ter os 5 grupos alimentares.

Quando se trata de alimentação infantil, variedade é essencial. O cardápio do bebê deve ser rico em nutrientes, vitaminas e sais minerais para que o seu filho cresça, tenha um bom desenvolvimento cognitivo e evite ter doenças no futuro.

E a melhor maneira de garantir refeições completas é incluir pelo menos um alimento de cada grupo alimentar:

• Vegetal A: engloba as hortaliças folhosas verdes, cheias de nutrientes, como brócolis, couve, espinafre, acelga, rúcula, alface, almeirão;
• Vegetal B: corresponde aos legumes e hortaliças coloridinhas, que possuem muitas vitaminas, minerais e fibras, como cenoura, vagem, tomate, abobrinha, beterraba, cogumelos, quiabo, abóbora, repolho roxo;
• Vegetal C: incluem os carboidratos que fornecem energia, como os tubérculos (batatas, inhame, aipim, mandioquinha, cará), grãos (quinoa, milho) e cereais (arroz branco e integral, macarrão);
• Proteínas: carne, frango, peixe, suínos, ovos, vísceras, que fornecem proteínas e são fontes de ferro;
• Leguminosas: feijões, grão-de-bico, lentilhas, ervilha, que são fontes de proteína, carboidratos, fibras, vitaminas e minerais.
  Há ainda as frutas, que podem ser oferecidas no café da manhã e lanche da tarde do bebê.

Além disso, é importante dar preferência aos alimentos in natura e minimamente processados para garantir uma alimentação nutricionalmente balanceada.

O que as crianças não devem comer até os 2 anos

No primeiro aninho de vida, o sal deve ficar de fora do preparo das refeições do bebê. E o mesmo vale para os sucos de frutas, mesmo que sem açúcar.

Até os 2 anos, não é recomendado oferecer alimentos como açúcar, mel, café, erva-mate, chá verde, chá preto e muito menos alimentos processados e ultraprocessados. Isso porque eles levam ingredientes prejudiciais, como açúcares, corantes, aromatizantes, adoçantes, gorduras e diversos aditivos.

Veja a seguir alguns dos alimentos que não devem ser oferecidos aos bebês:

• bebidas açucaradas e gaseificadas;
• achocolatados;
• cereais matinais açucarados;
• gelatina em pó com sabor;
• leite fermentado;
• iogurte com sabores;
• biscoitos, bolachas e salgadinhos;
• macarrão instantâneo;
• embutidos;
• sorvete industrializado.

As papinhas industrializadas também devem ser evitadas. Ainda que a maioria delas não tenha aditivos em sua composição, existem vários motivos para você não oferecê-las ao seu filho:

• as texturas prejudicam o desenvolvimento da mastigação;
• a mistura alimentos dificulta a percepção dos diferentes sabores;
• a criança demora mais para se acostumar com o tempero da comida da família;
• como as vitaminas e minerais são adicionados, não são bem aproveitados pelo organismo.

Portanto, quanto mais natural for a alimentação dos pequenos, melhor!

Descobrindo cores, texturas e sabores diferentes

 

Mais do que oferecer os nutrientes que o seu filho precisa, as refeições são momentos especiais de descoberta e de desenvolvimento de bons hábitos alimentares.

Um dos motivos para trocar a papinha pelos alimentos sólidos é permitir que o bebê conheça cada um deles, consiga identificar o que está comendo e sinta os sabores individualmente.

É a partir desses reconhecimentos, que também envolvem a percepção das cores e texturas, que as crianças desenvolvem o paladar. Ao mesmo tempo, aprendem a apreciar os legumes e hortaliças, muitas vezes recusados pelos pequenos por não estarem acostumados com o sabor delas.

Variar as formas de corte e de preparo são práticas que colaboram para a aceitação dos alimentos.

Pode ser que o seu filho não goste de cenoura em cubinhos, por exemplo, mas coma com gosto quando cortada em rodelas ou tirinhas.

E o mesmo pode acontecer com os modos de preparo. Talvez a criança aceite melhor a abóbora assada em vez de refogada ou prefira tirinhas de omelete no lugar do ovo cozido.

Vale dizer aqui que as comidinhas dos bebês podem ser saborosas, mesmo não sendo preparadas com sal e condimentos. Afinal, os temperos naturais estão liberados, como cebola, alho, salsinha, cebolinha, manjericão, entre outros.

Saiba que você também pode dar os vegetais crus, após serem higienizados, desde que eles tenham a consistência adequada para a idade do seu filho.

E qual é a quantidade de comida ideal?

Até as crianças completarem 2 anos, a qualidade é muito mais importante que a quantidade. No entanto, as recomendações do Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos para cada refeição podem ser úteis:

• aos 6 meses: 2 ou 3 colheres de sopa no total;
• dos 7 aos 8 meses: 3 ou 4 colheres de sopa no total;
• dos 9 aos 11 meses: 4 ou 5 colheres de sopa no total;
• entre 1 e 2 anos: 5 ou 6 colheres de sopa no total.

Os pais devem ter em mente que o quanto cada bebê come varia bastante, não apenas conforme a idade como também por conta de outros fatores, como o humor e os estímulos externos.

Portanto, as quantidades recomendadas não são regras. Alguns bebês comem mais e outros comem menos.

Apesar de não conseguirem se comunicar com palavras, geralmente os pequenos dão sinais de que estão satisfeitos: perdem o interesse pela alimentação, viram a cabeça ou o corpo, fecham a boca, jogam o alimento, empurram a mão de quem oferece a comida ou, então, começam a chorar.

É importante que os sinais de saciedade sejam observados e respeitados. E o mesmo vale caso a criança demonstre querer comer mais.

Durante a introdução alimentar, a criança passa por um processo de aprendizagem em relação à alimentação. Por isso, forçá-la a comer tudo e “raspar o prato” pode prejudicar a habilidade dela de controlar o apetite e levar ao ganho de peso excessivo.
Sendo assim, não se preocupe se o seu filho estiver comendo mais ou menos do que a quantidade recomendada.

O primordial é oferecer aos bebês alimentos variados, comidas nutritivas e gostosas, para eles crescerem saudáveis e desenvolverem hábitos alimentares para levar pro resto da vida.

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