Cuidar dos pequenos em tempo integral não é uma tarefa simples. Seja por conta do trabalho ou de outras obrigações que tornam a rotina cada vez mais corrida, muitas famílias contam com cuidadores para dar aquela força.
Enquanto algumas optam por colocar os bebês na creche, outras preferem contratar babás ou pedir a ajuda de avós, tios e outras pessoas próximas.
Porém, ao deixar os filhos sob os cuidados de alguém, os pais precisam lidar com algumas preocupações. Uma delas é assegurar que os pequenos recebam a alimentação da forma que eles consideram ideal.
Está passando por isso? Então este artigo foi feito para você!
6 dicas para ensinar cuidadores a montar o pratinho do bebê
Não pode estar por perto em todas as refeições do seu filho, mas deseja que ele se alimente de forma saudável?
Confira as nossas dicas abaixo:
1. Falar sobre a importância da alimentação diversificada
Se você está aqui é porque deve ser o tipo de pessoa que valoriza a alimentação saudável e os benefícios que ela traz para o desenvolvimento do seu filho, não é mesmo?
Mas, infelizmente, nem todo mundo entende que uma alimentação saudável, além de nutritiva, deve ser variada.
O fato de determinado alimento ser considerado saudável não quer dizer que ele tenha que fazer parte de todas as refeições.
Durante a fase de introdução alimentar, oferecer diferentes alimentos é superimportante. É quando os bebês estão conhecendo os sabores, cores, texturas e aromas de cada um deles.
Por isso, uma das dicas é conversar sobre isso com os cuidadores, enfatizando que oferecer um cardápio variado faz toda a diferença.
Esse tipo de conversa também ajuda a lidar com as diferenças culturais entre as gerações, geradas pela mudança de percepção sobre o que é saudável ou não. Até pouco tempo atrás, oferecer, por exemplo, doces, enlatados e miojo aos pequenos não era visto como um problema.
2. Explicar quais são os 5 grupos alimentares
Além de diversas, as grandes refeições dos bebês (almoço e jantar) devem ter os 5 grupos alimentares: vegetais A, vegetais B, carboidratos, proteínas e leguminosas.
É fundamental que os cuidadores, sobretudo se forem responsáveis por preparar as comidinhas, conheçam os alimentos que fazem parte de cada grupo.
Para facilitar, você pode deixar uma listinha na geladeira com as opções do que tem disponível em casa, por exemplo:
- Vegetais A: brócolis, tomate e abobrinha;
- Vegetais B: cenoura, quiabo e berinjela;
- Carboidratos: arroz, mandioca, macarrão e batata;
- Proteínas: ovos e frango;
- Leguminosas: feijão-preto, lentinha e grão-de-bico.
Isso ajuda bastante a pessoa na hora de escolher quais alimentos usar no preparo das refeições, sem deixar nenhum grupo alimentar de fora.
3. Recomendar a observação dos sinais de saciedade
Algumas crianças comem mais do que outras e, portanto, não existe uma quantidade de comida ideal para cada idade. Diante disso, sobretudo nas primeiras semanas, é normal os cuidadores não saberem o quanto de comida oferecer.
O que você pode fazer é falar sobre o quanto o seu filho costuma comer ou até mesmo compartilhar as recomendações do Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos:
- aos 6 meses: 2 ou 3 colheres de sopa;
- dos 7 aos 8 meses: 3 ou 4 colheres de sopa;
- dos 9 aos 11 meses: 4 ou 5 colheres de sopa;
- entre 1 e 2 anos: 5 ou 6 colheres de sopa.
Mas lembre-se de reforçar que essas quantidades não precisam ser seguidas à risca. E que o ideal é respeitar a individualidade do bebê, observando os sinais de saciedade.
Virar a cabeça ou o corpo, fechar a boca e empurrar a mão de quem está oferecendo a comida são algumas das formas de os pequenos mostrarem que estão satisfeitos e não querem mais comer.
4. Mostrar quando e como oferecer as frutinhas
Além dos 5 grupos alimentares, as frutas também devem fazer parte da alimentação dos bebês. E são ótimas opções para os lanches da manhã e da tarde.
Para garantir que o seu filho continue comendo as frutinhas, mesmo quando você não estiver presente, mostre ao cuidador como ele está acostumado.
Dependendo da idade ou até mesmo da fruta, a criança pode preferir comê-las amassadinhas ou em pedações para pegar com as mãos.
Também é bom lembrar que o Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos recomenda que as crianças não consumam frutas em forma de suco até completar 1 ano.
Se você segue essa recomendação, avise o cuidador.
Mesmo que pareçam saudáveis por terem sido feitos em casa, os sucos têm menos fibras, impedem que os bebês sintam a textura da fruta e exercitem a musculatura da boca.
5. Montar uma lista dos alimentos que não devem ser oferecidos
É comum os pais ficarem chateados ao perceber que os cuidadores de seus filhos estão oferecendo alimentos que eles não gostariam.
Para evitar esse tipo de problema, deixe bem claro, logo de cara, o que você não quer que o seu pequeno coma.
Colocar sal na comida, por exemplo, costuma ser automático para a maioria das pessoas. Mas, se o seu filho tem menos de 1 ano, vale a pena explicar que o sal não deve ser usado.
E o mesmo vale para outros ingredientes não recomendados até os 2 anos, como açúcar, café, mel, erva-mate, chá-preto, chá-verde e os alimentos processados.
Esses “proibidos” também podem estar listados na porta da geladeira.
Caso o seu filho tenha algum tipo de alergia alimentar, o alerta de restrição é ainda mais importante.
Se ele tiver alergia à proteína do leite de vaca (APLV), por exemplo, explique ao cuidador que, além de não oferecer leite, esse ingrediente não deve ser usado no preparo de receitas que serão oferecidas ao seu filho.
6. Elaborar um cardápio para a semana
Uma maneira de facilitar o trabalho do cuidador e, ao mesmo tempo, escolher o que o seu pequeno come todos os dias é fazer um planejamento das refeições.
Você pode montar um cardápio equilibrado e variado para a semana, com os 5 grupos alimentares. Veja um exemplo:
| Refeição 1 | Refeição 2 | Refeição 3 | Refeição 4 | Refeição 5 | |
| Proteína | Omeletinho com tomate | Músculo desfiado | Frango desfiadinho | Peixe ensopadinho | Hamburguinho de carne moída |
| Vegetal A | Purê de abóbora | Beterraba cozida | Couve-flor com cheiro verde | Tomatinho cereja assado com manjericão | Abobrinha refogada |
| Vegetal B | Espinafre refogado | Couve refogada | Cenoura com orégano | Chuchu com salsinha | Vagem refogada |
| Carboidrato | Arroz branco | Inhame cozido | Arroz integral | Batata inglesa no azeite | Batata baroa cozida |
| Leguminosa | Feijão preto | Feijão mulatinho | Lentilha | Feijão carioca | Feijão vermelho |
Cardápio elaborado pela Nutricionista Beatriz Saramago (CRN: 13100727)
Dessa forma, o cuidador já sabe o que precisa preparar. E você acaba ficando mais tranquila por saber o que o seu filho come em todas as refeições.
Sabe o que também pode te ajudar aqui? Baixar o Guia Mima de Introdução Alimentar, pois ele apresentar conceitos básicos e mostra como a alimentação nos primeiros meses de vida contribui para a relação do bebê com a comida.
Já pensou em comprar comidinhas prontas e saudáveis?
Ensinar os cuidadores a montar o pratinho do jeito que você faria ou que considera ideal ajuda a garantir que o seu filho se alimente bem.
Mas saiba que hoje existem soluções superpráticas para a alimentação de bebês, como as oferecidas pela Jornada Mima.
Você pode receber, na porta da sua casa, refeições variadas, com os 5 grupos alimentares, sem conservantes e que podem ser adaptadas para cada criança.
Basta colocá-las no micro-ondas por alguns minutinhos e servir!
Nem sempre cozinhar faz parte das funções dos cuidadores. Além disso, não são todas as mamães e papais que têm tempo ou gostam de cozinhar.
Sendo assim, as refeições da Mima são ótimas alternativas para quem precisa deixar os filhos aos cuidados de outras pessoas.
Esperamos que as dicas deste artigo ajudem a trazer um alívio para a apreensão que tantos pais sentem por não poderem acompanhar todas as refeições com os seus filhos.
Sabe aquelas recomendações para deixar na porta da geladeira? Reunimos todas elas numa lista para você baixar gratuitamente e imprimir!
