O que você precisa saber sobre alergias alimentares em bebês e crianças

O cuidado com a alimentação dos pequenos gera uma série de preocupações para os pais. E as alergias alimentares em bebês e crianças estão entre as principais. 

Elas surgem quando o próprio corpo tenta se defender contra substâncias que podem fazer mal, sejam elas naturais ou sintéticas.

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), as alergias alimentares atingem de 6 a 8% das crianças com menos de 3 anos de idade. Há ainda estudos que mostram que os casos de alergia estão aumentando não só no Brasil como no mundo todo.

Para lidar com o problema, nada melhor do que conhecê-lo de perto. Continue lendo para saber:

  • o que é alergia alimentar infantil;
  • os sintomas mais comuns;
  • quais alimentos causam mais alergia;
  • e como prevenir, diagnosticar e tratar as alergias alimentares infantis.

Alergias alimentares em bebês e crianças: o que são e por que aparecem nos primeiros anos de vida?

A alergia alimentar em bebês e crianças nada mais é do que uma resposta do sistema imunológico dos pequenos. Ao entrar em contato com determinados alimentos, o corpo ativa seu mecanismo de defesa para se proteger, produzindo anticorpos e histamina.

E o resultado disso é uma reação alérgica.

Nos primeiros anos de vida, sobretudo na fase de introdução alimentar, o surgimento de alergias alimentares é bastante comum.

Isso porque o sistema imunológico dos bebês ainda está em desenvolvimento, o que aumenta as chances de o organismo reconhecer proteínas de alimentos como inimigas.

Ainda, alguns fatores podem contribuir para uma maior predisposição a alergias alimentares na infância. Veja quais são eles:

  • herança genética, principalmente da família nuclear;
  • restrição de alimentos alergênicos durante a gestação e amamentação;
  • ausência de aleitamento materno;
  • uso de fórmulas lácteas nas primeiras horas de vida;
  • introdução precoce (antes dos 6 meses) de alimentos sólidos;
  • níveis muitos baixos de vitamina D no sangue;
  • tabagismo e consumo de álcool pela mãe durante a gestação.

É importante dizer que esses fatores contribuem, mas não são determinantes para o aparecimento de alergias alimentares na infância.

Além disso, o consumo de alimentos processados e ultraprocessados também está relacionado ao aumento dos casos de alergias alimentares em bebês e crianças. Muitas vezes, esses produtos industrializados contém aditivos potencialmente alergênicos.

Quais são os sintomas de alergia alimentar mais comuns?

Fique sabendo que nem sempre a criança tem uma reação alérgica logo de cara, na primeira exposição ao alimento.

Antes de apresentar um sintoma, o organismo cria anticorpos ao entrar em contato com determinados alimentos, seja pela ingestão direta, contato com a pele ou por meio do leite materno.

Enquanto alguns precisam ser ingeridos várias vezes para provocar reações, outros não demandam muito tempo de exposição para gerar sintomas alérgicos.

Confira abaixo quais costumam ser as reações mais frequentes:

  • De pele: vermelhidão, dermatites, urticária, eczema;
  • Respiratórias: coceira na garganta, congestão nasal, tosse seca, rinite, asma;
  • Gastrointestinais: cólica, constipação, refluxo, diarreia, gastroenterite, muco, sangramento nas fezes.

É importante dizer que os sintomas variam dependendo do caso. Nos mais graves, o edema de glote, que provoca o fechamento da garganta, é a complicação mais preocupante, pois impede a respiração.

Quais são os alimentos com maior potencial alergênico?

alergias alimentares em bebês e crianças

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), os principais alimentos alergênicos são:

  • leite de vaca: proteínas do soro do leite e caseína; 
  • ovo de galinha: albumina e ovalbumina (presentes na clara), lipovitelina e fosfovitina (presentes na gema);
  • peixes e frutos do mar: parvalbuminas e tropomiosinas;
  • trigo: albumina hidrossolúvel, globulinas solúveis e prolaminas;
  • soja: glicinina e conglicinina;
  • amendoim: albuminas e globulinas;
  • castanhas e outras oleaginosas: prolaminas.

Embora sejam os mais comuns, eles não são os únicos. Algumas frutas e sementes também se destacam na lista dos alérgenos.

Além disso, alergias causadas por alimentos como leite, ovo, trigo e soja costumam desaparecer até a segunda década de vida. Já as provocadas por amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar tendem a acompanhar a pessoa pela vida toda.

As reações também podem ser causadas por aditivos alimentares, substâncias sem propósito nutricional adicionadas a alimentos industrializados, como:

  • sulfitos: conservantes presentes em sucos, chás, molhos, salgadinhos e frutas secas;
  • glutamato monossódico: usado para intensificar o sabor de caldos, molhos e sopas;
  • tartrazina: corante sintético de cor amarelo-limão usado em gelatinas, balas, gomas de mascar, geleias, sucos e cereais coloridos;
  • vermelho carmim: corante natural de cor vermelha usado em geleias, xaropes, bolos industriais, sorvetes, iogurtes e carnes embutidas. 

Como prevenir, diagnosticar e tratar alergias alimentares em bebês e crianças?

Mesmo diante da preocupação com o risco de o seu filho desenvolver uma alergia, saiba que evitar alimentos alergênicos, sem um diagnóstico, não é recomendado. E o mesmo vale para a restrição alimentar durante a gestação.

Isso porque não existem evidências de que essas medidas ajudem a prevenir o aparecimento de reações alérgicas no bebê.

No entanto, deixar de oferecer alimentos processados é uma boa pedida. Você evita o contato tanto com aditivos potencialmente alergênicos quanto com outras substâncias prejudiciais para a saúde da criança.

Se perceber algum possível sintoma, procure um especialista para fazer uma avaliação clínica e obter um diagnóstico correto. Somente sob recomendação médica o alimento deve ser retirado da dieta dos pequenos como parte do tratamento.

Depois de algumas semanas, os sintomas tendem a desaparecer. Mas o acompanhamento médico deve continuar.

Vale ressaltar que, quando se manifestam na infância, as alergias alimentares costumam ser transitórias. Ou seja, podem desaparecer de forma espontânea até a segunda década de vida, pois o sistema imunológico da criança ainda está amadurecendo.

É bem diferente de casos que surgem na vida adulta, quando as chances de remissão são baixas.

Ofereça uma alimentação nutritiva e balanceada para o seu filho!

Caso algum alimento tenha que ser retirado do cardápio da criança, fazer a substituição adequada é fundamental. Afinal, as alergias alimentares em bebês não devem ser obstáculos para garantir os nutrientes que eles tanto precisam.

É por isso que vale a pena contar com a ajuda de uma nutricionista para criar um plano de alimentação que atenda às necessidades do seu pequeno.

Quer tirar todas as suas dúvidas sobre alergias e outros assuntos relacionados à alimentação? Conheça a Jornada Mima e a assessoria Mima Nutri, formada por uma rede de nutricionistas disponíveis para te ajudar!

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