8 alimentos que mais causam alergias alimentares em bebês

A introdução alimentar dos pequenos é uma fase desafiadora para a maior parte dos pais. Além da nutrição dos filhos, as alergias alimentares em bebês geram preocupações e várias dúvidas.

Afinal, nos primeiros anos de vida, o sistema de defesa das crianças está se desenvolvendo. Isso explica por que as alergias alimentares são mais comuns em bebês, em comparação aos adultos.

Mas saiba que não oferecer os alimentos com maior potencial alergênico não ajuda a diminuir o risco de o seu filho ter uma alergia alimentar, pelo contrário. De acordo com o “Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar”, excluir esses alimentos da dieta dos bebês pode ser um fator de risco.

Para te deixar mais tranquilo, saiba que a maioria das alergias alimentares em bebês são transitórias. Menos de 10% dos casos persistem até a fase adulta.

Fique com a gente para conhecer os alimentos que mais causam alergia nos pequenos e como buscar o diagnóstico e tratamento adequado!

Quais são os alimentos com maior potencial alergênico?

As alergias alimentares em bebês costumam ser causadas, em sua maioria, pelos seguintes alimentos:

1. Leite de vaca

A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é uma das alergias alimentares mais comuns entre os bebês. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), ela se manifesta com maior frequência no primeiro aninho de vida.

Diante da imaturidade do sistema imunológico intestinal, o organismo reage às proteínas do leite, sobretudo a caseína e aquelas presentes no soro. Isso gera reações gastrointestinais, respiratórias e cutâneas (de pele).

É importante dizer que qualquer quantidade de proteína do leite pode desencadear sintomas em crianças alérgicas. Portanto, a APLV não se manifesta apenas em bebês que consomem diretamente o leite de vaca, já que se trata de um ingrediente usado no preparo de diversas receitas.

2. Ovo de galinha

Outra alergia alimentar bastante comum nos primeiros anos de vida é a alergia ao ovo de galinha. Embora seja incomum, algumas pessoas podem desenvolver esse tipo de alergia mais tarde na vida.

O que acontece é uma reação do sistema imunológico às proteínas presentes tanto na clara (albumina e ovalbumina) quanto na gema (lipovitelina e fosfovitina).

No entanto, as proteínas da clara costumam causar mais reações alérgicas, seja no sistema digestivo, respiratório ou na pele.

3. Peixe e frutos do mar

As proteínas de peixes de frutos do mar, como as parvalbuminas e tropomiosinas, também podem ser mal recebidas pelo organismo dos bebês.

Com o aumento do consumo de peixes pelas famílias, as alergias alimentares têm se tornado mais frequentes. Embora algumas crianças sejam alérgicas a uma determinada espécie, o risco de reações a outras espécies existe.

No caso dos frutos do mar, a recomendação é não oferecê-los aos bebês com menos de um ano por conta da rápida deterioração desses alimentos e do perigo de contaminação. 

4. Trigo

Bem mais comum em crianças do que em adultos, a alergia ao trigo pode se manifestar por conta da ingestão de produtos à base de trigo ou da inalação do pó de farinha de trigo, cuja alergia é chamada de “rinite do padeiro”.

Assim como nas demais alergias alimentares, o sistema imunológico dos bebês não aceita bem as proteínas do trigo (albumina hidrossolúvel, globulinas solúveis e prolaminas).

Isso pode gerar diversos sintomas, sobretudo gastrointestinais, como vômito e diarreia, e cutâneos.

5. Soja

Outro alérgeno comum em crianças pequenas é a soja, que raramente causa reações em adultos.

É difícil encontrar casos de alergia alimentar relacionada apenas às proteínas da soja (glicinina e conglicinina). Na maioria das vezes, a criança também tem reações provocadas por outros alimentos, como o amendoim. E os sintomas graves são menos observados.

Diferentemente de outros grãos, como os feijões, o consumo da soja em grãos não faz parte da rotina alimentar de muitas famílias. Porém, ela está presente em fórmulas infantis e diversos alimentos processados.

6. Amendoim

O amendoim é um dos alimentos que mais causam alergias tanto em crianças quanto em adultos. E gera sintomas de leves a graves, podendo variar a cada episódio.

As reações podem envolver o sistema gastrointestinal, cardiovascular, respiratório e a pele dos pequenos. Em casos graves, pode resultar em anafilaxia.

Geralmente, a alergia ao amendoim permanece por toda a vida. Apenas 20% das crianças deixam de ter sintomas até chegar à fase adulta.

7. Castanhas e outras oleaginosas

alimentos alergênicos

As castanhas também podem provocar reações alérgicas nos pequenos. Castanha de caju, nozes, castanha do Pará, pistache e avelã estão entre as mais conhecidas.

Assim como o amendoim, a alergia a castanhas pode gerar sintomas graves. E as chances de uma criança alérgica a um tipo de castanha ser alérgica a outras são grandes. 

8. Aditivos alimentares

Além de conter ingredientes não recomendados na dieta dos bebês (como açúcares e gorduras), os processados e ultraprocessados possuem aditivos alimentares, substâncias que também podem provocar alergias:

  • sulfitos: usados como conservantes de produtos industrializados;
  • glutamato monossódico: usado para intensificar o sabor dos alimentos;
  • tartrazina: corante sintético amarelo-limão;
  • vermelho carmim: corante natural vermelho.

Vale reforçar que esses aditivos não têm nenhum propósito nutricional e, portanto, devem ser evitados nos primeiros anos de vida.

Alergias alimentares em bebês: como lidar?

Se você notar possíveis sintomas no seu filho, procure um especialista para fazer o diagnóstico por meio de exames clínicos e outros procedimentos adequados.

Lembre-se de que não é recomendado excluir os alimentos da lista durante a fase de introdução alimentar com o propósito de prevenir o desenvolvimento de alergias.

Pensando na prevenção, o que faz sentido é oferecer uma alimentação diversa e saudável para os bebês, pois isso, sim, garante maior proteção sobre a sensibilização alimentar.

O alimento potencialmente alergênico só deve ser retirado da dieta sob recomendação médica. Afinal, essa medida costuma fazer parte do tratamento quando a alergia é confirmada.

Contar com a ajuda de um nutricionista é importante nesses casos.

Além de garantir que o alimento que causa alergia seja substituído por outro, com os nutrientes necessários, você recebe o suporte que precisa para preparar as refeições do seu bebê com mais segurança.

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