Sal na comida do bebê: pode ou não pode?

Colocar sal na comida do bebê de forma moderada é um cuidado importante para a criação de bons hábitos alimentares e para o desenvolvimento saudável.

Isso porque o consumo excessivo de sódio, substância presente no sal e em diversos alimentos industrializados, pode provocar diversos problemas de saúde. 

Já dando um spoiler, saiba que o sal não deve ser visto como um vilão na alimentação dos bebês, desde que usado em pequenas quantidades.

Leia o artigo completo para se aprofundar no assunto!

Quando colocar sal na comida do bebê?

Segundo o Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos do Ministério da Saúde, uma quantidade mínima de sal pode ser usada no preparado das refeições desde o início da introdução da alimentar.

No entanto, muitos profissionais de saúde preferem recomendar que o ingrediente seja evitado, sobretudo durante o primeiro aninho de vida.

Após os bebês completarem 1 ano, uma pitada de sal pode ser adicionada durante o preparo das refeições para realçar o sabor dos alimentos.

Mas lembre-se: uma pitadinha já é suficiente! 

Isso porque os alimentos consumidos pelos bebês entre 6 meses e 2 anos de idade já oferecem a quantidade de sódio que precisam nessa fase. Assim, a adição de sal acaba sendo desnecessária.

Mas isso não quer dizer que a comidinha do seu filho não possa ser saborosa, viu?

Uma dica é usar temperos naturais (como alho, cebola, salsa, cebolinha, manjericão, alecrim, entre outras ervas e especiarias) para dar ainda mais sabor às receitas e, se quiser, só uma pitada de sal — é assim que preparamos as refeições da Mima!

Embora sejam vendidos como opções práticas, evite usar temperos prontos (líquidos, em pó ou em cubos), pois esses produtos contêm altas quantidades de sódio, além de aditivos que fazem mal à saúde.

Qual a quantidade de sal recomendada?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que crianças maiores de 2 anos consumam até 5 g de sal (ou 2 g de sódio) por dia — o que equivale a mais ou menos uma colher de chá.

Como o ideal é que os pequenos passem, aos poucos, a comer a mesma comida família, é importante todos os membros reduzirem o consumo de sal para seguir a quantidade recomendada pelos órgãos de saúde.

Se quiser saber se você está exagerando ou não, veja quanto tempo dura um pacote de sal na sua casa.

De acordo com o Ministério da Saúde, numa família de 4 pessoas que prepara as refeições em casa todos os dias, 1 kg de sal deve durar, pelo menos, 2 meses e meio.

O sal é um alimento perigoso para os bebês?

Se consumido em excesso, o sal pode, sim, oferecer riscos para a saúde dos pequenos. Afinal, é uma das principais causas de doenças crônicas.

Quando ingerido em altas quantidades, o sal favorece a retenção de líquido e o aumento do volume de sangue, fatores que elevam a pressão arterial.

Assim, colabora para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Também favorece o surgimento de outras, como colesterol alto, obesidade e diabetes tipo 2, além de prejudicar os ossos e os rins.

No Brasil, o cuidado com o consumo de sal deve ser redobrado. 

Isso porque a população brasileira consome mais que o dobro da quantidade recomendada. Enquanto a OMS recomenda até 5 g de sal por dia, os brasileiros consomem em torno de 12 g diariamente — esse dado foi levantado pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013.

evite colocar muito sal na comida do bebê, sobretudo na mesa

Além da adição de altas quantidade de sal durante o preparo da comida, esse consumo excessivo também tem a ver com o hábito de adicionar ainda mais sal aos alimentos na mesa. 

Segundo estudo publicado no European Heart Journal, adicionar sal aos alimentos na hora de comer aumenta em 28% as chances de morte prematura.

Portanto, aqui vai uma dica: tire o saleiro da mesa para que ninguém da família coloque mais sal no prato do que o necessário.

E os demais alimentos com alto teor de sódio?

Pois é, precisamos nos lembrar de que o consumo de sódio não está ligado apenas ao sal usado no preparo da comida. Ele está presente também em diversos produtos industrializados.

Refrigerantes, salgadinhos, enlatados, molhos condimentados, sopas e caldos industrializados, doces, embutidos e uma infinidade de alimentos processados e ultraprocessados não devem ser consumidos pelos pequenos.

Para você ter uma ideia, só o pacotinho de tempero do macarrão instantâneo contém 50% da quantidade diária de sódio recomendada.

Além de apresentarem altas quantidades de sódio, açúcares, gorduras e aditivos químicos, os alimentos processados e ultraprocessados são pobres em nutrientes. 

Sendo assim, fique de olho na tabela nutricional dos alimentos para saber não só a quantidade de sódio presente neles mas também de outros ingredientes que devem ser evitados na alimentação dos bebês.

O melhor é evitá-los ao máximo, dando preferência aos alimentos saudáveis que a natureza nos dá.

Aproveite a introdução alimentar do seu filho para repensar os hábitos alimentares da família toda

Durante a introdução alimentar, as crianças não estão apenas desenvolvendo o paladar e a mastigação. Elas também estão adquirindo hábitos alimentares que serão levados para a vida toda.

É a partir da observação do comportamento daqueles com quem convive que os bebês formam seus próprios hábitos.

Ou seja, a família deve ser o grande exemplo!

Aproveite esta fase cheia de descobertas na vida do seu pequeno para repensar, se for preciso, os hábitos alimentares da família. Colocar menos sal na comida, evitar o consumo de industrializados e montar um cardápio variado traz benefícios para a saúde de todos.

Quer tirar outras dúvidas para oferecer a melhor alimentação possível para o seu filho? Então baixe agora o Guia Mima de Introdução Alimentar!



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