Como oferecer frutos do mar para bebês na introdução alimentar

Durante a introdução alimentar, é importante que o cardápio dos pequenos inclua uma ampla variedade de alimentos para garantir o pleno desenvolvimento. Mas será que dar frutos do mar para bebês é indicado nessa fase?

Esta é uma dúvida bastante comum entre as famílias. Afinal, esses animais extraídos do mar, sobretudo o camarão, costumam ser associados a alergias alimentares e casos de intoxicação.

Em vez de restringir o consumo de moluscos e crustáceos, o mais importante é conhecer e seguir as orientações dos profissionais de saúde.

Vamos falar sobre elas a seguir!

O consumo de frutos do mar na introdução alimentar faz mal?

Um dos motivos que levam muitas famílias a deixar de incluir os frutos do mar na dieta dos bebês é o medo de esses alimentos provocarem reações alérgicas.

Embora o risco exista, a alergia a frutos do mar na infância não está entre as mais comuns, como é o caso da alergia à proteína do leite de vaca (APLV), ao ovo, ao trigo e à soja. De acordo com o Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar, ela predomina entre os adultos.

Porém, por conta da rápida deterioração, é preciso tomar um cuidado especial com a procedência e o preparo dos frutos do mar. Assim como as verduras cruas, eles podem estar contaminados por bactérias e toxinas que podem fazer mal aos bebês.

Por isso, a recomendação do Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos do Ministério da Saúde é que todos os alimentos que fazem parte do grupo das carnes e ovos, que inclui os frutos do mar, sejam servidos bem cozidos, nunca malpassados ou crus.

Ou seja, assim como outros alimentos potencialmente alergênicos, os frutos do mar estão liberados na introdução alimentar.

Afinal, estudos mostram que colocá-los no pratinho dos bebês a partir dos 6 meses não aumenta a predisposição a reações alérgicas. Pelo contrário, a alimentação diversificada ajuda a fortalecer o sistema imunológico dos pequenos.

Por que se atentar à cultura alimentar regional e familiar?

entenda como oferecer frutos do mar para bebês

Se comparado ao consumo de outras proteínas de origem animal, o consumo de frutos do mar não é tão comum em todas as partes do país.

Em algumas regiões, tanto os pescados quanto os mariscos e crustáceos não fazem parte do cardápio da maioria das famílias. Não é por acaso que podem ser mais difíceis de encontrar do que carnes de boi, frango ou ovos.

Além de ingerir uma ampla variedade de alimentos, é importante que os bebês tenham contato com os alimentos regionais, ligados aos costumes e ao sabor da comida de suas famílias.

Ou seja, ofereça ao seu filhos os frutos do mar que costumam fazer parte dos pratos que você e as demais pessoas da família consomem. Nenhum alimento deve ser obrigatoriamente oferecido ou excluído da dieta dos bebês.

4 dicas para oferecer frutos do mar para bebês com segurança

Veja, a seguir, as recomendações mais importantes para evitar que o seu filho tenha problemas ao comer camarões, lulas, polvos, lagostas, caranguejos e crustáceos no geral:

1. Adquira frutos do mar em locais confiáveis

Como já foi dito, o grande problema relacionado ao consumo de mariscos e crustáceos é o alto risco de contaminação. Portanto, é preciso ter cautela na hora de adquirir produtos vindos do mar.

Eles devem estar muito frescos ou ser comprados congelados em locais de boa procedência e que atendam às normas de higiene.

Dependendo da origem, esses alimentos podem estar contaminados por águas poluídas. 

Além disso, se não estiverem frescos, podem conter uma toxina produzida durante o rápido processo de deterioração e que provoca vômitos e diarreia.  

É por isso que a principal precaução em relação aos frutos do mar está ligada a sua origem.

2. Tenha cuidado com o preparo

Mariscos e moluscos nunca devem ser oferecidos crus ou malpassados justamente por conta do risco de contaminação. Sendo assim, a indicação é cozinhá-los bem ou grelhá-los.

Também é preciso levar em conta a textura e o formato dos frutos do mar para evitar engasgos.

Em vez de oferecer o camarão inteiro, por exemplo, corte-o em fatias para o bebê segurar com a mão. Outra opção é picá-lo para fazer bolinhos ou omeletes.

Retirar a cartilagem de lulas e as casquinhas dos crustáceos também é importante para evitar que os pequenos engasguem.

3. Modere na quantidade por conta do excesso de sal

Por conta da origem, os frutos do mar podem conter quantidades elevadas de sal. Portanto, eles devem ser consumidos com moderação.

E procure não usar sal no preparo, sobretudo se o seu filho tiver entre 6 meses e 1 ano de idade. Dê preferência aos temperos naturais para deixar a comidinha do pequeno mais gostosa.

4. Busque atendimento médico caso observe uma possível reação alérgica

Quando se trata de alergias alimentares, a herança genética é um fator que pode contribuir para uma maior predisposição. Entretanto, assim como outros fatores, não é algo determinante.

Isso quer dizer que os bebês com pais alérgicos a frutos do mar não serão necessariamente alérgicos também. Porém, é sempre importante conversar com o pediatra para avaliar cada caso com cuidado.

Mas é preciso ter atenção ao surgimento de sintomas de pele, respiratórios e gastrointestinais possivelmente associados à alergia alimentar. Caso aconteça, procure um pediatra ou médico alergista para fazer o diagnóstico e, se preciso, definir o tratamento adequado.

Mesmo se tratando de alimentos potencialmente alergênicos, os frutos do mar não são proibidos durante a introdução alimentar.

Na verdade, eles podem ser oferecidos a partir dos 6 meses, desde que façam parte da cultura alimentar da família e os devidos cuidados sejam tomados.

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