O risco de os bebês desenvolverem alergia ao amendoim e outras oleaginosas é motivo de preocupação para as famílias. Afinal, eles estão entre os alimentos que mais causam reações alérgicas.
De acordo com o Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar, “80% das manifestações de alergia alimentar ocorrem com a ingestão de leite de vaca, ovo, soja, trigo, amendoim, castanhas, peixes e crustáceos”.
No caso dos bebês, quais riscos esse tipo de alergia oferece? E como cuidar dos pequenos caso o diagnóstico seja confirmado?
Vem com a gente ficar por dentro do assunto!
O que é a alergia ao amendoim e outras oleaginosas?
A alergia ao amendoim e outras oleaginosas se manifesta quando o sistema imune do indivíduo reage de forma exagerada às proteínas presentes nesses alimentos.
Como consequência, o corpo manifesta reações alérgicas cutâneas, gastrointestinais, respiratórias e cardiovasculares, como, por exemplo:
- inchaço na língua, lábios, garganta e outras partes do corpo;
- urticária;
- cólicas estomacais;
- vômito;
- falta de ar;
- tontura;
- entre outras.
Os sintomas podem surgir em poucos minutos ou em horas após a ingestão de amendoim, nozes, castanhas, etc. E a gravidade deles varia dependendo do caso.
Nos mais graves, a anafilaxia pode fazer parte das reações, o que requer atendimento médico imediato para evitar complicações para a saúde.
Mas fique sabendo que, assim como a alergia a peixes e frutos do mar, a alergia ao amendoim e outras oleaginosas são mais comuns em adultos do que em crianças.
As mais comuns na infância são a alergia à proteína do leite de vaca, ovo, trigo e soja. Em geral, elas são transitórias. Segundo o Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar, menos de 10% dos casos persistem até a fase adulta.
Por que excluir o amendoim e outras oleaginosas da dieta do bebê não é indicado?
O entendimento que se tem da relação entre alergias alimentares e a introdução de novos alimentos durante os primeiros anos de vida mudou bastante com o avanço das pesquisas em torno do assunto.
Diferentemente do que era recomendado até um tempo atrás, hoje os profissionais de saúde defendem o oferecimento de um cardápio variado na introdução alimentar.
Quanto mais diversos forem os alimentos oferecidos aos bebês, menores são as chances de eles desenvolverem uma alergia alimentar. Isso porque a variedade fortalece o sistema imunológico dos pequenos.
Além disso, deixar de oferecer amendoim e outras oleaginosas não ajuda a evitar que a criança tenha reações alérgicas a esses alimentos.
E se houver histórico familiar desse tipo de alergia?
Saiba que a herança genética é um dos fatores que podem influenciar o surgimento de alergias alimentares, mas não é determinante.
Se a família se sentir insegura para introduzir qualquer tipo de alimento, a melhor saída é consultar o pediatra ou um médico alergista para tirar todas as dúvidas.
E fique sabendo que a restrição alimentar só deve ser feita quando recomendada por um especialista como parte do tratamento, caso o diagnóstico seja confirmado.
Conheça os principais cuidados relacionados à alergia ao amendoim e outras oleaginosas
As alergias alimentares são doenças sérias que costumam gerar muita preocupação e angústia nas famílias.
Para que as mamães, papais e cuidadores se sintam mais seguros durante a introdução alimentar, nada melhor do que contar com o conhecimento!
Por isso, reunimos as orientações mais importantes para você cuidar com tranquilidade da rotina alimentar do seu filho:
Diagnóstico
Identificou algum possível sintoma de alergia alimentar? Entre em contato com um pediatra ou médico alergista para marcar uma consulta quanto antes.
Só um especialista pode analisar o quadro de cada criança, realizar os procedimentos necessários e confirmar um diagnóstico de alergia ao amendoim e outras oleaginosas.
Afinal, cada caso tem suas particulares. Não existe uma fórmula mágica para o diagnóstico desse tipo de doença.
Tratamento
Evite adotar qualquer tratamento sem a devida recomendação médica. Mais uma vez, essa é uma atribuição dos pediatras e médicos alergistas.
Somente a partir da confirmação do diagnóstico que os profissionais podem recomendar o tratamento adequado para cada bebê.
A exclusão do amendoim, nozes, castanhas e outros alimentos responsáveis por causar reações alérgicas faz parte do tratamento.
Como o organismo de cada criança funciona de maneira diferente, a gravidade dos sintomas pode variar bastante. Dependendo do caso, o médico pode passar orientações adicionais além da restrição.
Rótulo dos alimentos
No Brasil, assim como em várias partes do mundo, as oleaginosas são comidas inteiras, depois de torradas, como petisco ou ingrediente em diversas receitas.
Mas esses alimentos também são usados em diversos produtos alimentícios, como doces, cereais, biscoitos, produtos de padaria, entre outros.
Isso significa que é preciso tomar cuidado ao oferecer outros tipos de alimentos para crianças alérgicas ao amendoim e outras oleaginosas pelo risco de conterem esses ingredientes.
Não é à toa que as reações acidentais são tão comuns. Durante a fabricação, pode ocorrer a contaminação cruzada, quando alimentos entram acidentalmente em contato com outros por usarem as mesmas instalações.
Sendo assim, é importante criar o hábito de ler o rótulo dos alimentos com o máximo de atenção possível.
Cuidados ao comer fora de casa
A contaminação cruzada também pode acontecer durante o preparo de receitas. Por isso, ao fazer refeições fora de casa, o cuidado deve ser redobrado.
Mesmo que o amendoim, nozes e castanhas não apareçam na lista de ingredientes usados, converse com o responsável pelo prato para eliminar qualquer risco.
Outra opção é levar as comidinhas do seu filho prontas quando estiver fora ou durante viagens. Assim, você não precisa se preocupar.
Além de serem adaptadas às necessidades alimentares de cada criança, as refeições da Mima são opções supergostosas e práticas para essas ocasiões.
Como você viu, com conhecimento e as orientações adequadas, o risco de os bebês desenvolverem alergia ao amendoim e outras oleaginosas não precisa ser uma fonte de preocupação.
Quer tirar outras dúvidas sobre o assunto? Então confira o artigo sobre as 10 verdades e mentiras sobre alergias alimentares em bebês!